Cientistas japoneses desenvolvem a internet mais rápida do mundo. Pela primeira vez atingem velocidade de 402 Tbps

Imagine se você pudesse baixar toda a biblioteca da Netflix em apenas um segundo. Parece ficção científica? Para os cientistas japoneses, isso é realidade. Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologias da Informação e Comunicação (NICT) no Japão alcançou recentemente um marco incrível na velocidade de conexão à internet.

Uma velocidade que tira o fôlego

Cientistas japoneses estabeleceram um novo recorde mundial na velocidade de transmissão de dados, atingindo impressionantes 402 terabits por segundo (Tbps). Para comparação, essa conexão é 1,6 milhão de vezes mais rápida que a velocidade média de conexão de banda larga nos EUA. Nessa velocidade, você poderia baixar cerca de 12.500 filmes em apenas um segundo.

O segredo do sucesso foi usar fibra óptica disponível comercialmente e uma combinação inteligente de diferentes tecnologias. Os pesquisadores utilizaram todas as bandas de transmissão das fibras ópticas padrão e implementaram várias tecnologias de amplificação. Isso permitiu que eles explorassem comprimentos de onda antes não utilizados.

O que isso significa para o futuro da internet?

O NICT vê grande potencial no avanço para expandir a capacidade da infraestrutura de comunicação óptica. Com a crescente demanda por serviços de dados, essa tecnologia no futuro poderia contribuir significativamente para atender às exigências cada vez maiores por conexão de internet.

No entanto, antes que essa velocidade impressionante chegue às nossas casas, muitos obstáculos ainda precisam ser superados. O recorde foi atingido com fibra óptica comum, mas em condições ótimas de laboratório. Transferir esse sucesso para o mundo real exigirá mais pesquisa e recursos.

Para comparação, a velocidade média da conexão de banda larga nos EUA em maio de 2024 era de 248,27 Mbps para download e 34,23 Mbps para upload. O provedor mais rápido, Cox, alcançou a maior velocidade média no quarto trimestre de 2023. A diferença entre essas velocidades comuns e o recorde japonês é, portanto, verdadeiramente astronômica.

Embora o caminho para a aplicação prática da nova tecnologia ainda seja longo, essa descoberta nos dá uma visão fascinante sobre o futuro da internet. Quem sabe, talvez um dia todos nós estejamos navegando online em uma velocidade que hoje nem podemos imaginar.